Foto: Gabriel Haesbaert
Etel (à esq.) e Dulce oferecem oficinas pedagógicas e aulas de artesanato e arrecadam cestas básicas
Nada deixa a aposentada Etel Cléia Almeida Dias mais feliz do que contribuir com o bem-estar de outras pessoas. Envolvida com trabalho voluntário desde a infância, ela já atuou em diversas instituições de caridade em Santa Maria, entre elas, Leon Denis, Liga Feminina de Combate ao Câncer e Lar das Vovozinhas.
Desde 2002, ela coordena a Ação Social São Frei Pio, grupo pertencente à Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Com mais de 42 voluntárias, a ação assiste senhoras de diferentes bairros de Santa Maria que, duas vezes por semana têm aulas de artesanato, participam de oficinas pedagógicas e recebem cestas básicas.
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- Aprendi com a minha mãe a estender a mão a quem precisa. Nosso esforço é para que senhoras em vulnerabilidade sejam assistidas, passem tardes diferentes, profissionalizem-se e sejam alimentadas. Além de oficinas profissionalizantes, oferecemos alfabetização às participantes - conta Etel.
Pensionista, Elci Bernasconi, 84 anos, acompanha o trabalho de Etel na Ação Social Frei Pio desde a fundação, há 16 anos. Ela conta que Eitel é exemplo de coordenadora. Além de fazer tudo com muita disposição, ela sabe resolver as demandas com amizade e exerce liderança sem imposições ou discussão. Segundo Elci, com uma administração assim, a equipe tende a crescer cada vez mais.
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Buscar doações, organizar cestas básicas e coordenar as vendas do material produzido está entre as ações desenvolvidas no dia a dia de Etel. Para a voluntária da São Frei Pio Dulce Kroining, 78 anos, dedicação incondicional é a marca da coordenadora.
- Trabalho com ela há 7 anos e, neste período, acrescentei conhecimento e experiência cidadã ao meu dia a dia. A tranquilidade com que ela coordena o grupo é exemplar. Soluciona conflitos com jeito e sabedoria e é a primeira a ter iniciativa - diz Dulce que atua no registro de assistidas que hoje, já somam mais de 70 senhoras de diferentes bairros de Santa Maria.
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Etel reforça que, toda semana, os cadastros são atualizados. Ela explica que, a cada quatro participações, as assistidas recebem cestas básicas. Além disso, nos brechós, elas têm oportunidade de vender seus artigos para reforçar o orçamento familiar.
Foto: Gabriel Haesbaert
Grupo de voluntárias trabalha para ajudar as assistidas pelo projeto
Para a auxiliar de limpeza Ângela Maria Campos Ribeiro, 56 anos, frequentar a Ação Frei Pio foi uma oportunidade de fazer amigas e de aprender trabalhos manuais. Ela conheceu a iniciativa por intermédio da igreja Nossa Senhora de Fátima e, há cinco anos, é acolhida pela comunidade. Ângela conta é uma entre as várias pessoas que conseguiram trabalho por meio da indicação das voluntárias que mantém o local.
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- Aprender a fazer acolchoados e almofadas foi muito bom. Mas o acolhimento, confiança e amizade que recebi de Etel vale muito mais - reconhece Ângela.